As imagens foram gravadas em 2018, na China
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As imagens foram gravadas em 2018, na China

Circula nas redes sociais um vídeo em que supostamente o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no Mato Grosso, teria queimado porcos vivos dentro de uma vala. Na publicação, é dito: "Os amiguinhos do Boulos, o Hamas brasileiro mais conhecido como MST... Invadem fazendas, destroem tudo e matam os porcos! Cadê o STF que não vê isso?". Entretanto, a informação  é falsa .

Na realidade, o vídeo não foi gravado no Brasil. A peça de desinformação utiliza um vídeo da China, em 2018, momento em que o país asiático passava por um surto de peste suína africana. A situação acabou se arrastando por 2019, e acabou devastando a produção de carne suína, pois os animais precisavam ser abatidos para conter o surto.

As publicações foram feitas no Twitter/X, contando com diversos posts disseminando a desinformação. Além da antiga rede social do passarinho, o vídeo foi circulado em outras redes sociais, como Facebook.

Em 2020, o vídeo foi circulado pelo mundo como se a China estivesse incinerando os porcos para conter o avanço da Covid-19, mas a informação foi desmentida por agências internacionais de notícia, como a Associated Press e India Today.

Em 2018, a ONG Kinder World relatou o caso e fez um apelo para que a China tivesse mais compaixão na hora de abater os suínos. Atear fogo e enterrar os animais vivos é um dos métodos padrão do país quando se há medo de infecção de algum vírus. O caso também foi comentado pela Compassion in World Farming, que afirmou que o caso constitui uma violação das normas internacionais da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), relativas ao abate de animais para fins de controle de doenças.

A peste suína africana não apresenta riscos para a saúde humana. Entretanto, é altamente transmissível entre os suínos e pode dizimar a criação de porcos. O último foco da doença foi registrado no Brasil foi em 1981, com o país se livrando completamente apenas em 1984.

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