Augusto Aras, procurador-geral da República
José Cruz/Agência Brasil
Augusto Aras, procurador-geral da República

Circula nas redes sociais que o Procurador-Geral da República (PGR), Augusto Aras , teria afirmado que vai invalidar o acordo de delação premiado do ex-ajudante de ordens  de  Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid . O acordo foi firmado entre Cid e a Polícia Federal. Entretanto, a informação  é falsa .

O PGR havia dito no último sábado (9), que era contrário a colaboração de Mauro Cid . Entretanto, Aras não disse nada sobre um possível cancelamento da delação do tenente-coronel. Vale ressaltar que o Ministério Público Federal não consegue invalidar os acordos feitos pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isso está previsto desde 2018, quando tornou-se constitucional a possibilidade de colaborações premiadas fechadas entre delegados e investigados, durante as fases de inquérito.

A publicação compartilhada no Facebook e Kwai é acompanhado da seguinte legenda: "Augusto Aras bateu de frente com Moraes, e diz que delação premiada de Mauro Cid não cabe à PF, isso é responsabilidade do MPF e não vai aceitar e será invalidada pela PGR." 

No Facebook , o post conta com mais de 9 mil compartilhamentos, enquanto no Kwai já está na casa das dezenas de milhares.

O PGR nega que tenha dito que invalidaria o acordo firmado entre Cid e a PF. Além disso, não existe nenhuma prova documental ou registro público que a declaração tenha sido feita por Aras.

No mesmo dia que a delação de Cid foi homologada pelo STF (sábado), Aras publicou uma nota da PGR no Twitter, em que diz que a organização "não aceita delações conduzidas pela Polícia Federal”. Entretanto, não há quaisquer menções em uma possível invalidação.


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