Circula nas redes sociais uma imagem que diz que a farmacêutica Pfizer teria afirmado que as vacinas contra a Covid-19 seriam um "projeto militar de bioterrorismo”. Na imagem, é possível ver uma manchete escrita: "BOMBA! Pfizer afirma que as vacinas eram um projeto militar de bioterrorismo e terrorismo químico do Departamento de Defesa". Entretanto, a informação é falsa!
Não existem quaisquer evidências que comprovem que a farmacêutica tenha feito tal afirmação. No site da Pfizer, não há registro de pronunciamentos que remetam a essa tese. Vale ressaltar que em diversos estudos, o imunizante já se mostrou seguro e eficaz.
O título, embora sugira que a Pfizer tenha feito a declaração, não condiz com o restante do texto. As acusações que são apresentadas no corpo do texto é de uma pessoa que se apresenta como "ex-executiva de pesquisa e desenvolvimento farmacêutico”. Essa pessoa se descreve como "empreendedora de dispositivos farmacêuticos e médicos”, e não possui qualquer menção a passagem como funcionária na farmacêutica em seu perfil no LinkedIn .
Segundo o texto, a vacina contra a Covid-19 seria parte de um plano do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que teria se juntado a indústria farmacêutica. Todas as informações apresentadas não possuem qualquer comprovação.
Além disso, ela faz interpretações acerca dos dados do Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (Vaers) de forma equivocada. O Vaers coleta relatos de reações a vacina, mas não deve ser utilizado como parâmetro de causa e efeito, sendo explicado pelo próprio sistema que as notificações podem conter “informações incompletas, imprecisas, coincidentes ou não-verificáveis”.
A peça de desinformação ainda alega que as informações acerca dos componentes da vacina não são públicas, o que não é verdade. Você pode conferir essas informações no site da Pfizer, sendo possível consultar a bula da vacina monovalente e dos imunizantes bivalentes BA.1 e BA.4/BA.5 .